Soraya Ravenle protagonizou uma série de grandes musicais nos últimos anos: “Dolores”, pelo qual ganhou o prêmio Shell de melhor atriz em 1999; “South AmericanWay”, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa; “É com esse que eu vou” e “Sassaricando”, de Sérgio Cabral e Rosa Maria Araújo; “Era no Tempo do Rei”, de Heloísa e Julia Seixas, que lhe valeu o Prêmio Qualidade Brasil; “Ópera do malandro”, de Chico Buarque; “Opereta Carioca”, de Gustavo Gasparani; “Um Violinista no Telhado” e “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 minutos” (com o qual foi indicada ao Prêmio Reverência), direção de Charles Moeller e Cláudio Botelho, entre vários outros.
Lançou seu primeiro álbum solo em 2011, com músicas de Paulo César Pinheiro e direção musical de Alfredo Del Penho, pela Biscoito Fino. O álbum foi selecionado para o “Prêmio da Música Brasileira” de 2011. Fez shows em Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Na TV Globo, participou das novelas“Laços de Família”, “Beleza Pura”, “Paraíso”, “Malhação” e ” I love Paraisópolis”. Foi Emilinha Borba na minissérie “Dalva de Oliveira”.
Participou de vários projetos musicais temáticos no CCBB, Centro Cultural Banco do Brasil; como “Lupicínio”, com Claudio Botelho e Luis Filipe Lima; “Na era dos festivais”, com Jair Rodrigues; “As irmãs Miranda”, com sua irmã Ithamara Koorax e o grupo Água de Moringa; “Eliseth Cardoso”, com Maurício Carrilho, Pedro Amorim e Luciana Rabello, “Breque Moderno”, com Marcos Sacramento e Luis Felipe de Lima,entre outros. Realizou pelo CCBB também, uma turnê pelas capitais brasileiras do show em homenagem a Dolores Duran.
Perguntada se é uma cantora/atriz, ou uma atriz/cantora, diz: “As duas coisas,juntas e/ou separadas, pois o teatro alimenta a música e vice-versa. A cantora alimenta e contamina a atriz. O que quero é abrir as possibilidades cada vez mais, para crescer. Até o fim!”
Um pouco sobre Soraya
Nascida em Niterói, filha de judeus poloneses, é levada por sua mãe, cantora e pianista amadora, aos 5 anos, para estudar música no Conservatório Jacyra Muller. Ali pratica piano e se forma em teoria musical.No colégio CEN (Centro Educacional de Niterói) e no Clube judaico, ADAF, participa de cursos livres de teatro, faz parte de um grupo vocal e do coral.
De 1987 a 1989, forma-se no curso técnico de teatro do Centro Cultural Calouste Gulbenkian, no Rio de Janeiro.
Seus grandes mestres de canto foram Heloísa Madeira, Agnes e Maurício Moço, Mirna Rubin, Eliane Sampaio e, mais recentemente, fez aulas com Chiara Santoro, Marcelo Rodolfo, Felipe Abreu, Marina Considera, Janaína Azevedo e Glorinha Beuttenmuller.
O que sua mãe, Malka Manczyk, não sabia é que estava proporcionando a formação perfeita para o que, no futuro, seria a espinha dorsal de sua carreira: o teatro musical.
A profissionalização aconteceu primeiramente nas companhias de dança, entre elas a Cia Atores e Bailarinos de Regina Miranda, até participar do musical “Theatro Musical Brasileiro”, de Antonio Martinez Correa, com direção musical de Tim Rescala, no Teatro João Caetano. Ali foi sua estréia como solista. A partir desse trabalho, como uma avalanche, os convites para protagonizar se sucederam. Os papeis como cantora e atriz na TV acompanham paralelamente e, muitas das vezes, simultaneamente as temporadas teatrais. Fez quase 30 musicais até 2015.
Teve como grande divisor de águas o musical “Dolores”, onde ganha o Prêmio Shell e é laureada Personalidade do Ano da revista Veja como expoente no gênero no Brasil.